O choro da Maria não é diferente do seu choro, nem do meu. Tem muita gente que não entende porque a Maria chora tanto, mas eu entendo. Sabe?
Entendo porque o choro são palavras não expressadas e não encontradas no dicionário.
São palavras silenciosas cheias de dor, de ansiedade, de sofrimento e de cansaço.
O choro da Maria não é diferente do seu choro
Maria anda cansada e por mais que eu tente fazer ela parar e descansar ela insiste que tem milhares de coisas para fazer.
Quando eu teimo em fazê-la ficar quieta trinta minutos ela logo reclama dizendo que tem uma lista de tarefas para cumprir antes que o dia termine.
Maria não entende que essa correria não vai levar ela a lugar algum, ela não entende que vai acabar doente fisicamente ou emocionalmente. Mas como fazer a Maria entender?
Finjo que não vejo seus olhos inchados, finjo que não noto suas olheiras constantes e também finjo que não percebo seu sofrimento.
Sei que ela não quer a minha piedade. Somos amigas, então, eu fico por perto esperando ela desabar ou pedir ajudar. Fico ali pertinho para consolar se for preciso ou para enxugar suas lágrimas se for preciso também.
Eu apenas permaneço ao seu lado sem julgar, sem criticar ou sem condenar suas escolhas.
E nas raras vezes que preciso me afastar ela sabe como me encontrar só para um abraço, um café ou pra dizer que nada vai bem.
A Maria chora por medo do que pode acontecer, medo do amanhã que nem chegou ainda e medo de não ser feliz. Mas isso ela não admite. Mas eu sei que é assim que ela se sente.
A Maria sabe que pode contar comigo e eu sei que sempre posso contar com a Maria. Talvez você seja a Maria com medos, sensação de insegurança e uma mente cheia de problemas. Talvez você é a Maria com uma lista enorme de tarefas para fazer e que não consegue parar e descansar. Mas talvez você é a Maria que chora com ou sem motivo.
Eu sou a Maria que acredita em um amanhã cheio de cor, de vida, de amor e de paz.
Crédito do texto: Su Cursino
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