Entre um gole de café e uma mordida no meu pão de queijo preferido escrevo uma mensagem para você que tem a sensação que vive carregando nos ombros um fardo de angústia, inquietação, insatisfação e medo do dia de amanhã. Há dias em que você sente que não vai conseguir levantar da cama de tanto peso emocional. Não é mesmo?
Você até pensa o quanto seria bom se pudesse ficar deitado o dia inteiro na cama. Você, então, se lembra das responsabilidades assumidas, dos compromissos e dos boletos para pagar. Pensa também que se não trabalhar não vai ter café quentinho e pão de queijo crocante para alimentar a sua fome. Eu penso, acredite.
A vida, caro leitor, poderia ser fácil, descomplicada e cheia de cor. Digamos que às vezes ela é tudo isso junto, porém nós vamos lá e bagunçamos tudo, tiramos tudo do lugar, desejamos ter mais do que temos, fazemos novas escolhas e nem sempre acertamos nelas, desistimos quando tudo fica um pouco difícil ou perdemos o interesse em algo, alguma coisa ou alguém com a maior facilidade.
É claro que não estou dizendo que você fez, faz ou age desta forma. Estou apenas proseando, tomando café e comendo meu pão de queijo enquanto escrevo algumas palavrinhas para que possamos refletir juntos. Não é mesmo? Tenha fé na vida, tenha fé em você, tenha fé em dias melhores e tenha fé que tudo de ruim que acontece vem para ensinar algo. Entenda que para aliviar os fardos é preciso de tempo em tempo parar no caminho e avaliar o que está carregando. Afinal, sabemos que de forma direta ou indireta carregamos fardos alheios, expectativas alheias e problemas que não nos pertence. Bebe café, mas bebe água também. Isso. Gute, gute, gute.
Respire, solta o ar, respira novamente, solta o ar. Solta também a irritação, a raiva contida, o medo absurdo de não ser bom o suficiente e a ansiedade de querer sempre estar no controle de tudo.
Entrega o controle, liga o som, coloca a sua música preferida, puxa o sofá, dança, se sacode, pula, um passo pra cá e outro pra lá, fecha os olhos, sente o ritmo, deixa ir a culpa, o arrependimento, a mágoa e a tristeza.
Depois de suar a testa, enxuga, respira, senta e abraça a si mesmo. Diz baixinho como uma maneira de consolar a si mesmo: Eu te amo, tudo de ruim vai passar. Eu te amo, conte sempre comigo. Eu te amo, você tem valor. Eu te amo, jamais te abandonarei. Eu te amo, Eu te amo, Eu te amo.
Prosa, café, fé em Deus e na vida é um texto escrito por Suélen Cursino
